You are currently viewing Qual a durabilidade das Estruturas de Concreto Armado?

Qual a durabilidade das Estruturas de Concreto Armado?

Conheça os elementos indispensáveis para a vida útil de um projeto de estrutura de concreto armado.

Um sistema construtivo – seja ele de qualquer tipologia – é composto por paredes, fundações, revestimentos e outras elementos que integram sua estrutura de concreto armado.

É preciso entender que nada é eterno e a corrosão da armadura pode ocasionar sério comprometimento da peça estrutural.

O desempenho de qualquer produto degrada com o tempo, inclusive a matéria prima do concreto armado.

Elementos ambientais reagem com os componentes, alterando as propriedades do concreto. Mas por que ocorre a degradação?

Continue lendo este artigo e saiba a importância de garantir a durabilidade das estruturas de concreto armado. Acompanhe!


Você sabe o que é Concreto Armado?

O concreto armado é um tipo de armação de barras de aço muito utilizada na construção civil, devido à baixa resistência aos esforços de tração do concreto.

A técnica surgiu da necessidade de fundir a resistência à compressão e durabilidade da pedra com as propriedades do aço.

Com isso, é possível sustentar qualquer forma com agilidade e precisão, proporcionando ao metal maior proteção contra a corrosão.          

A durabilidade do concreto armado varia de acordo com a forma em que foi sustentado, utilizado e preservado.

Especificações do Concreto Armado

Normalmente utilizado para fundações, pilares, vigas e lajes, o concreto pode ser desenvolvido de duas maneiras distintas: previamente armado ou protendido.

Segundo a prescrição normativa ABNT NBR 6118/2014, para Projeto de Estruturas de Concreto, o concreto armado é definido como:

“Aqueles cujo comportamento estrutural depende da aderência entre concreto e armadura, e nos quais não se aplicam alongamentos iniciais das armaduras antes da materialização dessa aderência”.

O concreto armado pode ser preparado em pré-moldado, pré-fabricado ou in loco.

Para que a armadura e concreto possua um desempenho seguro é necessário que haja aderência entre eles. Isso ocorre em razão da dilatação térmica dos materiais serem próximas.

O grau de proteção e a distância entre a armadura e a superfície, tem que ser proporcional a agressividade do meio, obedecendo o mínimo, porque a distância da armadura para a superfície é a camada onde a armadura transfere esforços para o concreto.

Esse tipo de camada – que tem como base, cimento e areia – não pode ser muito fina, pois é necessário que haja resistência para proteger o concreto contra o fogo.

E o Concreto Protendido?

A aplicação do concreto protendido possui o mesmo conceito e exige mão de obra do concreto armado.

No qual, faz-se a adição de uma armadura de aço para conceder resistência à tração faltante no concreto isolado.

No entanto, existe uma grande diferença na protensão para o concreto protendido.

Geralmente antes da concretagem, os cabos de aço são tracionados quando instalados dentro de bainhas. Assim, é comum permitir um esforço de compressão inicial na peça de concreto.

Com isso, geram-se esforços opostos quando o aço é capaz de atingir a tração desejada e o concreto mantém-se comprimido.

Conforme ainda a norma regulamentadora para Projeto de Estruturas de Concreto,  o concreto protendido é usado como:

“Aqueles nos quais parte das armaduras é previamente alongada por equipamentos especiais de protensão com a finalidade de, em condições de serviço, impedir ou limitar a fissuração e os deslocamentos da estrutura e propiciar o melhor aproveitamento de aços de alta resistência no Estado Limite Último (ELU)”.

De acordo com especialistas, o que difere a agressividade de uma estrutura para outra é a relação da água e cimento, cobrimento da armadura e a resistência à compressão do concreto.

Durabilidade das Estruturas de Concreto Armado

A NBR 6118/2014 tem como objetivo, garantir a durabilidade das estruturas de concreto armado por meio de considerações no que diz respeito a medidas a serem adotadas conforme a necessidade da estrutura.

Além disso, tais prescrições visam indicar os procedimentos adequados de segurança e desempenho para a vida útil do projeto.

Em média, um edifício é construído para durar entre 50 a 100 anos.

Tal durabilidade é estipulada no estágio inicial do projeto, com especificações dos atributos de resistência para assegurar melhor mão-de-obra e aquisição de certos materiais de construção.

Sendo assim, é importante seguir o regulamento nas questões relacionadas às formas arquitetônicas, qualidade do concreto de cobrimento, drenagem, medidas especiais, detalhamento das armaduras e inspeção/manutenção preventiva.

O cumprimento das normas certifica não apenas a durabilidade das estruturas de concreto armado, mas também favorece a vida útil universal dos demais mecanismos do sistema construtivo, como revestimento e alvenaria por exemplo.

Como ocorre a interferência ambiental na durabilidade das estruturas?

Por mais resistentes que sejam, as estruturas de concreto armado podem sofrer impacto da ação do meio ambiente, causando patologias graves e possíveis pontos de corrosão em sua sustentação.

O grau de agressividade na edificação varia conforme a região em que será fundada a estrutura.

Seus principais elementos de composição são: abertura máxima de fissura, espessura do cobrimento da armadura, relação cimento e água e resistência à compressão do concreto armado.

Exemplo disso, é uma estrutura localizada em áreas litorâneas, onde o risco é maior devido à estrutura receber respingos do mar.

Assim sendo, entende-se que a escolha do tipo de estrutura é indispensável para a segurança e redução de custos do projeto de estrutura de concreto armado, seguindo as normas vigentes dos órgãos reguladores.

Monitoramento e manutenção das estruturas de Concreto Armado

Atualmente, existem dispositivos capazes de acompanhar a velocidade e o potencial de corrosão nas armaduras, bem como a resistência, pH, o teor e a umidade do cloreto presentes no concreto.

É a partir deste processo que se obtém dados sobre os aspectos estruturais, acelerações e deformações, para então poder iniciar a inspeção ou vistorias nas estruturas.

A periodicidade destas visitações vai depender o grau de agressividade que o ambiente apresentar, da importância estrutural e da intensidade de uso.

As manutenções podem ser corretivas, planejadas ou não planejadas. Cabe ao projetista, no início do projeto, estabelecer o tempo hábil para monitorar por completo a vida útil do concreto armado.

Por isso, torna-se imprescindível a avaliação de engenheiros especializados para dimensionar a bitola do aço a ser utilizado em vigas e pilares na edificação.

Fique atento! Procure sempre por empresas especializadas. Dúvidas entre em contato com nossos consultores.

Deixe um comentário